O retorno de Hebe Camargo, após seu retiro hospitalar, foi uma Festa Maravilhosa e Encantadora. Para os meus ouvidos, muito superior à festa do Oscar do Cinema, ocorrido no dia anterior.
Sim, para os meus ouvidos, pois, sem a percepção visual, não posso mais admirar as imagens nem ver filmes, só ouvi-los…
Parabéns, Hebe, pela Festa do Seu Retorno; melhor ainda sua consagração de na permanência, às segundas-feiras, no SBT do Silvio Santos.
Hebe e Roberto Carlos, vocês se confundem com a História da TV Brasileira.
Lembro-me, como se fosse hoje, dos anos da década de 1960, lá no Seminário de Vila Formosa, ao lado do maior Cemitério da América Latina, nós, seminaristas, ficávamos alvoroçados, quando os padres nos liberavam para ir ao auditório, onde havia uma televisão preto e branca. A TV em cores ainda era um sonho.
O programa da Jovem Guarda, com Roberto, Erasmo e Vanderléia não era fácil de ser permitido; pois os cabelos caindo pelos ombros do Roberto e especialmente a minissaia da Vandeca eram um escândalo…
Contudo, o Programa da Hebe, não só era liberado aos seminaristas, como a maioria dos padres, nossos professores de Filosofia e Teologia, faziam questão de assistir!
Fora do Seminário, a partir de 1966, era uma delícia ver a Jovem Guarda e a Hebe também…
Porém, é após meu casamento com a filha de fabricante de acordeon, Adelaide Therezinha Pozza Grisa, com a qual estou casado há 40 anos, fiquei viciado, por amor à minha Amada, em Hebe; pois, ela não perde a melhor hora das segundas feiras.
Nossa filha Rosângela Pozza Grisa, nossa arquiteta, é apaixonada por Roberto Carlos; minha esposa e eu amamos vocês, Roberto e Hebe. No final do ano não perdemos o Show do Roberto e as segundas feiras o encontro com a Hebe está marcado.
Quando a Rita deixou de estar presente fisicamente da vida de Roberto, sofremos com a dor do nosso menestrel maior. Queria poder gritar ao Roberto, como disse ao Faustão em relação a seu pai: “A Rita não morreu! A Rita apenas mudou o modo de viver”… E era meu sonho ter feito chegar ao Roberto meu CD – A vida no Reino Invisível, código SV-4.
Hebe, final de abril e início de maio faz um ano que eu também estive realizando um Retiro Hospitalar, vivido especialmente nos recintos do TMO – Setor de “Transplante de Medula Óssea” do Hospital Celso Ramos de Florianópolis/SC, por ter sido diagnosticado que estaria com Leucemia “das brabas”…
Aproveito para agradecer ao Dr. Jaisson e a toda equipe de médicos, enfermeiros e outros funcionários do TMO, pela competência, carinho e dedicação de não só demonstrados a mim, mas também aos outros dez colegas de retiro. São 12 médicos para 11 pacientes, pois o TMO é referência nacional e internacional em sua especialidade.
Hebe e Roberto, vocês dois e com tantos outros colegas, Ana Maria Braga e Cia fizeram a festa e alegria dançarem em nossos corações, obrigado. Desejo que permaneçam entre nós nos próximos 30 a 50 anos.
Pois não mais existem “velhos”, só existem jovens há-mais-tempo, como vocês.
E, ainda bem que existem vocês para iluminar a tela da televisão de nossos lares, nesses tempos marcados por catástrofes, crimes e mortes.
Com vocês nós somos mais felizes, sempre gratos.
De nossa família e de tantas outras.