– Minha Boneca!…
– Que Boneca linda!…
Quantas vezes fala-se e ouve-se exclamações como essas.
Essas exclamações e outras similares soam e ressoam como elogios e sons extremamente agradáveis.
Tais exclamações, referindo-se a menina, dentro do elevador, costumo complementar, afirmando: – Linda é o que vocês enxergam; contudo ela também é querida, inteligente e , como estudiosa, se prepara para ser muito capaz e competente!…
É lógico que a afirmação é mais simples e direta que um discurso.
Para as crianças as mensagens sempre precisam ser breves; mais ainda hoje, na velocidade da tecnologia digital.
Nessa manhã do dia 05 de setembro de 2011, primeiro dia da Semana da Pátria, acordei com a imagem da boneca Barbi desfilando à minha frente…
No último final de semana, participando do CAOP E CEOP, Curso de Formação em Parapsicologia do Sistema Grisa, em Belo Horizonte-MG; ocasião em que abordava o tema “Hipnose Condicionativa e Coletiva”; para ilustrar o tema, referia-me aos Fantasmas Agradáveis, Sedutores, Ilusórios e Alienantes, como a boneca Barbie, a Turminha da Mônica e o Bebê Johnson…
Os três, e outros mais, passam a integrar o Imaginário Urbano da Era Tecnológica!
– Por quê chama de “fantasmas”? teriam alguma influência sobre as pessoas? – perguntará você.
– Observe quantas moças e senhoras, lindas, bonitas e elegantes como a Barbi desfilam em nossas rodas sociais: contudo, poucas realizam casamentos duradouros e, em número menor ainda vivem o encanto da maternidade…
Mais limitado ainda é o índice de mulheres que vivem a maravilhosa realização de integrar uma família bem estruturada e feliz; desfrutando a grandeza de Rainha do Lar.
Tem-se a impressão que incorporaram intensa e profundamente o imaginário que a figura da Barbi cultivou nelas, desde meninas.
Fabricantes de Brinquedos, já é hora de criarem bonecas elegantes, bonitas e simpáticas, capazes de namorar, noivar e casar com moços bonitos, gentis e companheiros!
E, assim, constituírem – com maridos bonitos, simpáticos, carinhosos e dedicados – famílias cheias de vitalidade, encanto e alegria, com seus filhos bem educados, lindos, queridos, estudiosos e vivendo intensamente a festa da evolução e da solidariedade, integrando-se com outras famílias, vivendo a forte energia de uma comunidade participativa, colaboradora e solidária!…
Quem sabe produzir-se estórias em quadrinhos e filmes em que novos personagens viveriam um processo evolutivo e participativo, realizando novas conquistas e construindo uma sociedade melhor e mais feliz? Livre de tantos desencontros, tanta banalidade e de tantos crimes.
Sociedade, na qual o diálogo e a colaboração construiriam uma sociedade mais honesta e justa e integrada pela colaboração e alegria de viver em contínua descoberta de quanto é “bom fazer o bem!” e quanto é maravilhoso desenvolver os talentos pessoais na construção de uma sociedade próspera, sadia e feliz!…
Por que, em nosso meio, sob vários aspectos, há tantas cabeças que continuam infantis, individualistas, egoístas, incapazes de gestos e atitudes de grandeza em prol do Todo?
Até que ponto, os personagens do Imaginário Urbano da Era Tecnológica, têm fecundado o Subconsciente de tantas pessoas que convivem ao nosso lado, nessa quadra da Marcha Histórica da Espécie Humana?
Como assim? – perguntará você, fazendo-se de bobo.
Respondo-lhe:
– A Barbi criando a ilusão da felicidade originando-se da solteirice elegante!
– A Mônica e sua Turminha fecundando e desenvolvendo a gostosa alienação da infantilidade festiva permanente, como se já vivessem a ilusão de um paraíso de crianças alegres!…
– A gordurinha fofa, somada às dobras de gordura nas cochas do sorridente e feliz Bebê Jhonson’s, com suas deliciosas risadinhas, tão sedutoras; particularmente para os corações que se sentem rejeitados, ou abandonados nas dobras escuras dos negros lençois da Solidão!
Dr. Pedro A. Grisa
Florianópolis, 04 de outubro de 2011.