Xih!… Chiclets!…!!

 

– Xih… Chiclets!…!! – exclama a senhorinha, com cara de nojo e indignação.
  – Moça, essas são as cagadas da boa educação de hoje! – tenta ser solidario um senhor septuagenario.
  – Merda! – é a reação agressiva da moça, ao perceber que o chiclets não desgruda da saia.
  – Merda não gruda! – retruca o senhor – mas você, moça bonita, não precisa falar do meu jeito, como filho do mato.
  – Que…?!
O ônibus parou e a conversa terminou.
Os comentarios chicletarios dos jornalistas da TV, nessa manhã de 28 de janeiro de 2011, avaliam os custos da limpeza chicletaria e da falta-de-educação… E fala-se em milhões de reais.
Talvez sejam os milhões não utilizados na verdadeira educação.
Poder-se-ia acrescentar os milhões e bilhões devorados pela falta de civilidade e de educação, devorados pela nojeira – que é preciso remover dos antigos rios – feitos valões de esgoto, do cocô aos pneus e papelões.
Sim, é preciso limpá-los, para ressuscitá-los; para fazer ressurgir a Vida e salvar o Planeta e a Espécie Humana…

A Verdadeira Educação desenvolve nas crianças, adolescente e adultos, os seguintes elementos fundamentais, além dos seus correlatos e complementares: Disciplina, Organização, Trabalho, Dedicação, Competencia, Honestidade e, preparando Cidadãos de Caráter, que sabem o que querem.
E sabem distinguir entre o certo e o errado, numa organização social que visa o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.
No grande avanço dos conhecimentos científicos e de diferentes áreas do Saber, multiplicam-se os nomes de diferentes e novas ciencias, novas especialidades, com suas diversificadas técnicas… e vai perdendo-se a Visão e a Noção do Todo, do HOLOS.
E o que aparece, na vida prática e cotidiana é a fragmentação dos conhecimentos.
Ainda mais, as pessoas, incluindo-se especialistas e doutores de uma só ciencia ou de uma só Tese, começam emitir opiniões e sugestões de Filosofia Prática e de Vida, como se fossem grandes sabios e filósofos holísticos, com Visão e Noção do Todo.
E, o que se vê são resultados semelhantes à metáfora beduina: “Um senhor viajava nas proximidades de um oasis, quando se depara com quatro cegos em acalorada discussão. Questionados, o senhor percebeu que eles debatiam, cada qual tendo certeza absoluta de que “tinha razão e sabia o que afirmava”…
Solicitando que cada um – e um por vez – apresentasse seu argumento.  Logo, o senhor deu-se conta de que cada um dos cegos apresentava sua visão ou definição de que é Elefante.
Sim, toda a discussão, quase briga, versava sobre Elefante.
Acabara de passar um viajante que montava num elefante e conduzia outro.
Os quatro cegos, que vinham perguntando-se “como seria um elefante”; Obtiveram permissão de observar e analisar como é o Elefante.
Diante desse senhor, agora acordado que ele seria o juiz para arbitrar qual era a razão de cada um dos cegos, iniciou-se o debate.
Apresentou-se o mais falante, declarando:
  – Eu me chamo Sabir. Sei que o Elefante se assemelha a uma palmeira, pois ele é alongado e possui as características do tronco da palmeira!
O segundo adiantou-se e proclamou:
  – Eu me denomino Cienir. E sou ciente de que o Elefante é semelhante a um grande odre, recoberto de pelos. Sim, pois ele é bojudo e peludo!
Dando um passo adiante, o terceiro falou:
  – Meu nome é Analir. Honrando o nome que meus pais me deram, desde menino, analiso muito bem tudo o que eu conheço. Analisando o Elefante percebi que o Elefante é idêntico a uma tamareira. É mais delgado que uma palmeira, recoberto de uma plumagem áspera, semelhante a pelos sujos e rígidos. Possui uma parte mais grossa á meia altura. Afirmo o Elefante assemelha-se a uma tamareira!
O quarto cego, aprumou o corpo e enfatizou:
  – Eu sou Honorir, sempre honro minha palavra. E meus companheiros de infortunio estão totalmente equivocados. O Elefante é como uma corda bem grossa, com a ponta inferior toda desfiada!
  O cego mais falante toma a palavra e pergunta:
 O senhor que tem o privilegio de ver tudo e sabe como é o Elefante, diga-nos:
  – Qual de nós quatro tem razão?
  – Você tem razão…
E, antes que um tumulto se instale entre os cegos, a voz imperiosa do juiz brada:
  – Todos e nenhum de vocês têm razão. Cada um de vocês conhece e descreveu muito bem uma parte do Elefante. Contudo, observem: Se juntássemos todos e somente os conhecimentos de vocês, nem assim teriamos um elefante inteiro!
  – Como assim?! – perguntam os interessados.
  – Ouçam com calma e atenção: Sabir, ao tatear, apalpando o elefante conheceu a parte da frente, a trompa; Cenir apalpou e conheceu a barriga do Elefante: Anair, por sua vez analisou aapenas uma das quatro pernas do Elefante; e Honorir conheceu e honradamente descreveu o rabo do Elefante.
Depois que o senhor juiz fez sua descrição hollos-elefântica, os cegos se abraçaram em incontidos risos, que se fizeram gargalhadas…
Despedindo-se dos novos amigos o senhor, ex-juiz, vaticina:
  – Prudencia e humildade, somadas à calma que pode transformar-se em sabia paciencia, é privilegio dos sabios! Vão em paz e sejam felizes!
Os estudos multidisciplinares sempre me estimularam. Por isso, as escolas com seus métodos de ensino, estruturados em Disciplinas isoladas e estanques, tendo cada qual um proprietario, denominado “professor”, jamais fizeram minha cabeça.
De tal método de ensino-aprendizagem, que se pode esperar?
Não só ter-se-á cabeças de estudantes divididas, tendo a confusão de conhecimentos justapostos, como produtos em prateleiras de supermercados…
Ter-se-á também pessoas funcionando como robozinhos, condicionados e sistematizados, por um, dois ou três programas, ignorantes ou isentos de saber em relação a tudo o que estiver fora do alcance de seus programas e condicionamentos…
Depois virão os Congressos divididos em inúmeras peças que não possuem encaixes e máquinas cujas engrenagens também não conseguem conjugar seus movimentos. São, por isso, máquinas inúteis, prontas para o ferro velho e reciclagem duvidosa.
Ainda mais, essas máquinas e robozinhos assumem posturas aprumadas pelo orgulho, ensinados a proclamar:
  – Tudo é relativo! Verdade absoluta não existe!
Tais robôs, em formas humanas, jamais terão conhecimentos suficientes e adequados para reconhecer as bobagens que são adestrados a repetir.
Se você não for um robozinho extremamente condicionado ou fanatizado, observe:
  – Se “Tudo é relativo”; consequentemente, também é relativa a afirmação de que “tudo é relativo”.
Portanto é uma afirmação que se nega a si mesma. É nula em si, é boba em si; não vale nada.
O mesmo ocorre com a afirmação:
 -“Verdade absoluta não existe.”
Sim, se “Verdade absoluta não existe”; também não existe a verdade absoluta de que “verdade absoluta não existe”.
Portanto é mais uma afirmação que se nega a si mesma, é autodestrutiva e não vale coisa alguma.
Quem não sabe pensar, tudo o que ouve soa-lhe como certo e como verdade.
E está aberta a porta para a passagem de todo tipo de fanatismo, religioso, popular, pseudocientífico ou com aparencia de sabedoria. É urgente aprender-se a Pensar e imprimir novos rumos à Educação.
Aguarda-se o ressurgir da Universidade como Mãe do Saber e da Sabedoria, não como geratriz de fatias ou peças isoladas de Ciencias e Tecnologias.
A máquina é importante para puxar os vagões; contudo o trem não pode transportar apenas gado, robôs e celulares, é preciso que a máquina também transporte pessoas, seres humanos pensantes, para trilhar os caminhos de um Novo Tempo.
Aguarda-se a chegada do Ser Humano Holístico. Sabio é quem sabe utilizar os conhecimentos em beneficio das pessoas, da biodiversidade ecológica, da Vida, do Planeta e do Universo, com visão Holística e noção do Todo…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Carrinho de compras